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Saiba mais sobre a formação exigida, a média salarial e como ser um bom professor de curso técnico
Dar aula em um curso técnico é uma oportunidade de alavancar a carreira docente e dar os primeiros passos em uma área cada vez mais promissora. A profissão terá sua demanda aumentada nos próximos anos em função da cultura da educação continuada, crescente nas empresas.
Confira no texto quem pode dar aula em curso técnico, quanto ganha um profissional do ramo e quais as habilidades necessárias para ter sucesso na carreira.
Ao contrário do que se imagina, a tecnologia não vai tirar o espaço dos professores, pois há necessidades que ela não consegue suprir. Basta observarmos as principais habilidades elencadas pelo Fórum Econômico Mundial como essenciais para o futuro do mundo do trabalho:
Nada disso se aprende com máquinas e robôs. É preciso intervenção humana para acontecer.
Sendo assim, para quem deseja investir nessa área, um bom caminho é começar lecionando no ensino técnico.
Para ser professor de curso técnico, é preciso ter, pelo menos, concluído o ensino médio em alguma escola técnica. Essa é uma das vantagens da docência técnica: em pouco tempo, mas com uma ótima formação, é possível estar pronto para atuar em sala de aula.
De acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Educação, o profissional deve comprovar competência técnica referente à área pretendida, de preferência por meio de certificados de cursos técnicos.
Já os graduados (com bacharelado, tecnólogo ou licenciatura) precisam demonstrar experiência e competência na área tecnológica em questão.
Vale lembrar que, desde 2022, o Ministério da Educação (MEC) instituiu novas diretrizes para a educação básica, que trouxeram mudanças significativas. Entre elas, o ensino médio passou a incorporar a formação técnica e profissional. Para atuar nesse segmento, há regras específicas.
Os cursos técnicos são aqueles que duram no máximo dois anos e seguem algum dos 13 eixos tecnológicos preconizados pelo MEC. Por ter a chancela do governo federal, eles precisam seguir alguns protocolos, além de ter carga horária preestabelecida, exigência de estágio e trabalho de conclusão de curso para a entrega do diploma.
Trata-se de uma formação mais completa e de cunho prático, que habilita o profissional a atuar na área pretendida com excelência. Por isso, vem se destacando no mercado.
Para atuar no ensino médio com formação técnica integrada, é preciso seguir algumas regras específicas. Por exemplo: em alguns casos, a instituição deve oferecer a formação técnica adequada aos seus professores. Caso não haja profissionais capacitados no quadro de funcionários, ela pode contratá-los.
Segundo o Conselho Nacional de Educação (CNE), para esses casos podem ser exigidos critérios adicionais, como uma formação pedagógica, especialização educativa ou experiência docente comprovada de cinco anos.
Manter-se constantemente atualizado tanto em relação à área tecnológica em que leciona quanto à prática docente também é um requisito indispensável da formação de um bom professor.
Especializações, pós-graduações, novos cursos técnicos, profissionalizantes ou de extensão são excelentes ferramentas não só para galgar espaços profissionais, como também para se tornar um professor cada vez melhor.
Para quem deseja usar o diploma de técnico para dar aulas, os salários são interessantes. Na pesquisa que fizemos em abril de 2022, encontramos vagas pagando a partir de R$ 2.700.
No governo de São Paulo, por exemplo, o piso salarial para professor de ensino médio e técnico é de R$ 4.038, podendo chegar a R$ 6.824 para jornada de 40 horas semanais.
Para ser um bom professor, não basta ter uma excelente formação acadêmica e ótimos conhecimentos sobre a área. É preciso uma ótima didática para que o aprendizado ocorra efetivamente.
Em primeiro lugar, o profissional deve se comunicar bem. O exercício constante e genuíno da escuta ativa e da empatia para total compreensão do público faz diferença. Somente entendendo o universo do aluno o professor conseguirá se aproximar dele.
Conheça bem o grupo de estudantes para criar uma aula envolvente, que consiga encantar os jovens, engajando-os na busca pelo conhecimento e na construção da própria trilha de aprendizagem.
Por fim, o profissional docente do futuro é aquele que entende o seu real papel, sai do status de “detentor do saber” e se coloca como mentor do processo de ensino-aprendizagem, crescendo com seus alunos.
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